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BRM 1000 km – Hangout sobre brevet de organizador e relato

Postado em 26 junho 2018 por awulll

Segue hangout realizado com o Rogenio sobre o brevet de organizador realizado por ele em 31/05/2018:

 

 

Relato em Texto :

 

 

Relato da 1ª. Prova 1.000km Paraná – Clube Randonneurs Lapa PR

Ciclista: Rogenio Bitencourt

Largada: 31/05/2018 – Rua Souza Naves, 967, Lapa – PR.

Chegada: até 09hs do dia 03/06/2018 – mesmo local. (75hs de prova)

Uma prova dessas não começa no dia da largada, ao menos para mim, requer alguns dias de preparação, psicológica, da bike, do que levar, se organizar quanto as paradas etc.., e assim foram os meus dias que antecediam a prova.

10 dias antes, a previsão do tempo era excelente, em todo o percurso a temperatura mínima era de 11 graus e a máxima de 23, sem previsão de chuva, no entanto, 5 dias antes da prova a previsão mudou, chuva após a Subida da Serra da Esperança – Guarapuava, até Cascavel e no retorno até o mesmo local.

Menos mal, pensei, teria os primeiros e últimos kms de tempo seco !!! Não foi bem assim!!!

O Helinho, ciclista experiente em longas distâncias, com o qual já havia pedalado na prova dos 600km, também faria a prova, no entanto não conseguiu recuperar-se de uma forte gripe, e avisou que não teria condições de ir, faria a prova sozinho.

Nos dias que antecediam a prova, o país se encontrava em meio a greve de caminhoneiros, o que favorecia pedalar nas rodovias pela ausência dos mesmos, ainda mais nessa prova que possui inúmeras 3as. faixas; acontece que o estoque de combustível estava zerado nos postos de Ponta Grossa e região e eu precisava abastecer o carro para ir de Ponta Grossa à Lapa, aproximadamente 120km.

Na dúvida se teria combustível ou não, no dia 30/05, almocei e sai para a Lapa de Bike, (esquenta panturrilha para a prova dos 1.000km rsrsrs).

Pela primeira vez usaria o SPOT, rastreador, que permitiria ser acompanhado em tempo real por aqueles que acessam o endereço eletrônico do mesmo.

Equipamento emprestado pela Manu – ciclista e participante da organização da prova, que enviou com antecedência fotos do mesmo e instruções de como operar.

Dia 31/05 – chego no local da largada à 6:03, tiro uma foto da bike e me preparo para sair.

Pelo que parece o Spot não está transmitindo, apesar de “ter seguido” as instruções da Manu. Acesso a página no site, confirmo que não está transmitindo, desligo e ligo novamente o aparelho, “seguindo as instruções”: sem transmissão, passados 10 minutos, de tentativas decido largar para a prova evitando perda de tempo, após ter relatado via whats o “problema” para a Manu.

LAPA – CAMPO DO TENENTE – LAPA

Primeiro trecho, asfalto regular, com alguns defeitos, mas sem buracos, nada de acostamento, muita neblina na ida. Trecho rápido, bom para ganhar tempo. A neblina na volta, logo após o nascer do sol, por volta das 07hs diminuiu, o que foi bom, pois o movimento de caminhões (fim da greve), estava intenso.

Chegando na Lapa, chequei as mensagens no celular, e com ajuda das instruções enviadas pela Manu, “resolvi o problema” do Spot.

Já recebi mensagem dela, avisando que estava tudo ok, ali encontrei o Dilamar – randonnée experiente que estava treinando com seu pupilo de 13 anos – algumas fotos e pista novamente.

LAPA – PALMEIRA – Posto Maranello

Asfalto excelente, o acostamento apesar de estreito em perfeitas condições, trecho muito bom para novamente ganhar tempo, principalmente entre Lapa e Porto Amazonas, ou é plano ou descida.

Após Porto Amazonas tem 2 subidas, curtas, mas “chatinhas” e, a 8km temos o acesso para a BR 277, onde se deve seguir sentido Palmeira, (à esquerda de quem entra na BR 277).

Esse acesso está mais ou menos 11km do Posto Maranello, o relevo começa a ficar “dobrado”, ou se está descendo ou subindo, as 3as. faixas passam a ser constantes.

O asfalto é muito bom, acostamento largo e em excelente estado, as 3as. faixas possuem boa visibilidade, não tem curvas fechadas, o que garante sermos vistos.

PA com boa estrutura, pode ser interessante tomar um café reforçado!!!

POSTO MARANELLO – ANILLA HOTEL E RESTAURANTE –Irati

Mais um trecho de asfalto e acostamento excelentes, longas descidas com boas subidas também, novamente algumas 3ª. faixas com boa visibilidade.

Aproximadamente 20km depois de Palmeira, após uma longa reta com sobe e desce, temos o Posto Mel à esquerda, água gelada no posto, e anexo, um restaurante simples, mas com boa comida, aqueles que tiverem com o tanque na reserva recomendo completar!!! Àqueles que tiverem bem, sigam mais um pouco, Restaurante Anilla está mais a frente, e o relevo vai ajudar (ou não rsrsrs).

O Restaurante Anilla é altamente recomendado, excelente estrutura para alimentação e repouso, assim como o preço, quem tiver algum rim disponível poderá deixar alí. Os meus já foram.

Cheguei ali sentindo cansaço acima do esperado, o que me deu certa preocupação, pois ainda era cedo para sentir isso.

Quem chegar cedo para almoço, pode seguir mais uns 20km e encontrará o Restaurante Benedita, que não fica muito aquém da Anilla, tendo preços mais acessíveis.

Quando posso, não paro na Anilla e sim na Benedita, porque dali em diante o terreno fica plano, e saindo abastecido ganho tempo até o próximo PA, Murungava, chegando com combustível para subir a Serra da Esperança.

CUIDADO na junção das BR 277 com a BR 373, esta fica à direita, então em determinado momento estarão pedalando no meio da pista, atenção aos veículos que vem por trás na 373. Mais 5km e já estarão na Posto e Restaurante Murungava.

POSTO MURUNGAVA – PA4 – PA5 (Panorâmico – 3 Pinheiros) todos 24hs.

O Murungava tem um buffet de refeição 24hs, o atendimento é excelente, um dos responsáveis é ciclista, e permitiu que eu levasse a bike para dentro do restaurante mesmo na volta, quando estávamos encharcados!

Logo após o Murungava inicia a subida da Serra da Esperança, com mais ou menos 8km, inclinação boa, nada acima de 8 ou 9%.

Quase toda em 3ª. faixa e com dois viadutos no meio dela, que possuem um acostamento estreito, requer muita atenção.

Logo após o primeiro existe uma “área de escape asfaltada” do lado direito, o ideal é seguir por ela até o segundo viaduto, nada mais que 100 ou 200 metros, mas a segurança é total.

Após o término da serra, temos alguns falsos planos, não se enganem continuarão a subir até o posto da Policia Rodoviária.

O Posto Panorâmico fica, na direita da pista, está bem sinalizado, atende 24hs e tem boa estrutura.

Até Guarapuava, mais algumas 3as. Faixas.

De Guarapuava até 3 Pinheiros, o relevo volta a ajudar no ganho de tempo, é hora de estar bem abastecido e descansado.

O Restaurante 3 Pinheiros fica à esquerda da via, muito bem sinalizado, excelente estrutura, e preços compatíveis com a Anilla !!!

Na chegada em Guarapuava, o meu cansaço estava muito além do esperado; desde a largada sabia que não teria condições de chegar em Laranjeiras do Sul para dormir (+- 400km de prova), no Hotel Palmeiras, havia previsto dormir uns 30km antes (Cantagalo).

No entanto as pernas tremiam, optei em dormir ali, no Hotel Soledade, onde deixei a minha mochila, com uniforme reserva, algumas chaves, etc… levando o estritamente necessário.

Repousei por aproximadamente 3h30min, e tive a sorte de estarem servindo café da manhã para o pessoal de uma Industria, que estavam hospedados, podendo também tomar o café.

Ao levantar observei que o Spot estava desligado, liguei novamente.

Com as forças recuperadas, bike uns 5kg mais leve, o pedal passou a render o esperado.

A luz do botão iniciar do Spot começou a piscar vermelho, acreditei que fosse a bateria acabando, reportei à organização, e depois constatamos que era isso mesmo.

Mais uns 20km rodados e veio a chuva, que resolveu me acompanhar por quase todo o restante do pedal.

Dali em diante, ou teria chuva, neblina, ou umidade suficiente para que eu não me secasse!

3 PINHEIROS – HOTEL PALMEIRA

Encontrarão, de início trecho plano ou em descida, a partir daqui o acostamento passa apresentar alguns defeitos, com certeza estarão em velocidade alta, todo cuidado é necessário. No final da primeira longa descida, passarão pela ponte sobre o Rio Cavernoso, terão que dividir a pista com os carros!!! (Ponte sobre o rio Cantagalo mais a frente também).

O relevo volta a ser dobrado, estarão subindo ou descendo. Após a localidade de Cantagalo atenção nas proximidades das pontes, existem muitas “lombadinhas” em diagonal no acostamento, e “pensem” na altura dessas “lombadinhas”, excelentes para entortar uma roda.

O restaurante funciona das 06:30 às 22:30.

Como estava atrasado dentro do meu cronograma, optei em reajustar os pontos de parada.

Parei depois de cerca de 20km após Laranjeiras do Sul, na Nova Parada (PA da volta).

Excelente lugar para uma refeição (06:30 às 23:30), pela manhã buffet de café – R$ 10,00 – almoço R$ 19,00 e janta R$ 17,00 (preços atuais).

Lugar limpo, excelente atendimento, e comida muito boa!!!

Saindo, começam as subidas que irão durar até chegarem em IBEMA, a qual fica aproximadamente 55km de Cascavel.

Longas Subidas em 3ª. faixas, algumas descidas intercaladas, mas as subidas prevalecerão, chuva e neblina o tempo todo.

Entre Nova Laranjeiras e Guaraniaçú, é área indígena, então cuidado com as “barracas” que eles montam à beira da rodovia para venda de artefatos, ali colocam pedras e paus no acostamento.

Quando passei, devido à chuva, não tive esse “problema”, fica o alerta!

Após IBEMA, o relevo volta a ficar plano, hora de ganhar tempo, o que poderia ter acontecido se não fosse o vento contra !!!!

Existe um trecho em obras na chegada de Cascavel, da Polícia Rodoviária até o trevo de entrada, que torna o pedal perigosíssimo, pois não há acostamento, e o movimento de carros é intenso. Que as obras tenham sido concluídas até o dia da prova.

Na chegada do trevo, se deve ficar na pista do meio, a da esquerda segue para Foz do Iguaçu e a da direita para região de Londrina.

Cheguei na hora do Rush, por volta das 18hs, então foi tenso rodar dentro da cidade, mesmo usando o farol dianteiro no modo piscante, dois carros estacionados abriram a porta do motorista, um deles chegando a roçar o guidão.

Os carros disputam lugar com os ônibus urbanos que por sua vez nos apertam contra os carros estacionados.

Logo na entrada tem uma ciclovia no meio da avenida, não é longa, mas ajuda muito rodar nela.

Foto tirada e enviada à organização, assim como um áudio, hora de voltar.

Estava fisicamente bem, todo aquele cansaço sentido antes tinha ido embora. Ainda atrasado em mais ou menos 2hs do meu cronograma, mas com tempo para encerrar a prova dentro do horário limite.

Resolvi me alimentar logo na saída de Cascavel, durante a parada voltou a chuva intensa.

Após me alimentar rodei de volta até IBEMA, e repousei no hotel MORO, saindo às 04:20 da manhã sob intensa chuva!

Pelos meus cálculos precisaria fazer 100km a cada 7 ou no máximo 8hs – tempo considerando as paradas.

Aqui teve o fato que é o DESTAQUE de toda a prova, acordar 3hs da manhã, ver uma chuva torrencial, vestir o uniforme, molhado, gelado e sair para a pista novamente!

Quando a bike alcançava uma velocidade razoável, a roda dianteira chacoalhava tanto que parecia ter pneu furado, raio quebrado…. Parei e vi que nada disso tinha acontecido, o que ocorria é que eu tremia tanto de frio que passava tremor para o guidão !!

Assim foi por alguns km, não pude rodar rápido, senão uma queda aconteceria fatalmente. Perdi muito tempo nos próximos kms que eram em descida, a chuva, neblina e o frio impediam de ganhar velocidade, isso se deu até a chegada em Nova Laranjeiras, onde tomei café, no Nova Parada !!

Até Laranjeiras seriam 17km, praticamente em subida, o que me deixou alegre pois poderia me esquentar novamente!

Não parei no PA – Hotel das Palmeiras – optando em rodar até 3 Pinheiros para almoçar.

Novamente região de subidas e descidas constantes, (trecho entre Laranjeiras do Sul e 3 Pinheiros, +- 55km), acostamento perigoso, por vezes muito estreito, por vezes com defeito, e sempre, lembrem-se, no acesso às pontes das “lombadinhas”.

Passando o Rio Cantagalo, eis que surge o sol, fraquinho, me deixando alegre imaginando que a chuva ficara para trás, só expectativa, não rodo nem 1km e a chuva volta.

Não consigo manter o ritmo esperado, estou lento demais, volta a preocupação de não fechar a prova dentro das 75hs!

Subo para 3 pinheiros, onde chego com muita ânsia, sem condições de comer; um gole d´água era o suficiente para me “virar o estômago”.

Fico do lado de fora do restaurante por quase 40min, tentando me recuperar, opto em não almoçar, o cheiro da comida me fazia mal, na lanchonete peço um pão de queijo com uma lata de guaraná, consigo tomar o guaraná e deixo o pão de queijo quase inteiro.

Mentalmente refaço os cálculos, e decido não me preocupar com o horário da chegada, mas apenas em chegar.

De 3 Pinheiros à Guarapuava (+- 50km) o relevo, asfalto e acostamento são excelentes, ajudam também na volta, mas com 752km rodados, uns 20km antes de Guarapuava, furo do pneu traseiro, “arame de caminhão”…

Eu estava com um segundo pneu, tanto na roda dianteira quanto na traseira, e ainda assim um aramezinho de pneu de caminhão consegue furar !!!!

Chuva no lombo, corpo ainda frio, tento tirar o pneu, mas nem com 2 espátulas consigo, elas envergam mas não tiram o pneu da roda.

Tiro o eixo da roda traseira e uso a blocagem como espátula, mesmo assim não consigo, precisei usar as 2 blocagens e as 2 espátulas!

Deixo o “manchão”, pendurado numa placa de “acidente a 1km”, assim o pessoal da Concessionária recolheria, volto ao pedal, sob chuva intensa, a previsão de chegar em Guarapuava, tomar banho, trocar de uniforme, e seguir seco foi, literalmente, água abaixo.

Logo ao reiniciar o pedal verifico que o garmin parou de atualizar a altimetria no ponto onde alcançou os 10.000m!

Mesmo pedalado, altero a configuração para mostrar outro dado no campo onde estava a altimetria, está funcionando, mostra qualquer outro dado menos a altimetria !!!!

Chego ao hotel, pego a mochila na recepção para deixar a câmara furada, e pegar mais duas, vejo um uniforme seco, limpo, e….. deixo ele ali mesmo, a chuva continuava, não valia a pena trocar.

Converso um pouco com o pessoal da Klabin, (da indústria que estavam hospedados), me divirto com a surpresa deles ao saberem do tamanho do pedal que estou fazendo, e saio novamente para a prova.

De Guarapuava até o Posto Murungava, a qualidade do asfalto e acostamento se mantém boas, o relevo é dobrado até o Posto da Policia Rodoviária, depois fica plano e ainda tem a descida da Serra.

Ao chegar no posto Murungava, sob chuva, o garmin marca 824km, decido tirar uma foto dele dentro do restaurante, e não ali na chuva.

Mais uma vez me permitem que entre com a bike, ligo o garmin na tomada, o danado “bipa” e desliga! Ligo rapidamente novamente pois sei que ele mantém a atividade durante um determinado tempo, e vem TUDO zerado !!! Alegria total, tento achar a atividade, vou até a opção de viagens, última viagem onde está gravada a ida de PG para Lapa, fiquei sem dados do pedal feito até então!!!!

Ao tirar ele da tomada, não liga, desisto dele, melhor tentar comer e voltar ao pedal !!!

Mando um áudio para a organização, informando o local que me encontrava, faço uma refeição, descanso, e volto para a prova. SOB CHUVA !!!! (já tá ficando chato isso).

De Murungava até Irati, sobe mais do que desce, mas sem altas inclinações, com pista e acostamento bons, sabia que teria 3 ou 4 3as. faixas.

Entre o Posto Murungava e o acesso à direita no trevo, (BR 277 x BR 373) está o km 300 (marcação da BR), sabia que em Palmeira, no viaduto está a marcação de km 169, mais uns 10km até a saída da BR277, mais uns 48km até a chegada. Então estava aproximadamente 190km do final da prova.

Rodado uns 30km a chuva deu vez para uma garoa fina que mantinha o asfalto e eu molhados rsrsrs.

O sono veio apesar do frio, não sabia qual a velocidade estava, controlava a distância pelas placas de km da rodovia, mas não tinha noção de que horas seriam.

O celular estava protegido por um saco plástico, dentro de uma bolsa impermeável, dentro do bolso da camisa, para chegar nele, não estava fácil, colete refletivo, capa de chuva, blusa, camisa !!!!

Ao chegar no pedágio de Irati, tenho a surpresa de encontrar dois amigos de PG que decidiram acompanhar o final da prova, Venâncio e Odenilson (o Cabelo) !

Chegando na Anilla, me desfiz do que pude, levando apenas 2 câmaras reservas, ferramentas e uma caramanhola de água, Venâncio empresta o seu Garmin.

Entre Irati (Anilla) e Palmeira, são aproximadamente 65km, com subidas e descidas constantes, é um trecho que conheço bem, no entanto por diversas vezes não consegui me localizar onde estava.

O sono apertou, parei algumas vezes no acostamento me debruçando sobre o guidão, fechava os olhos e via imagens variadas, bikes rodando, crianças dançando, poços d´água antigos, aqueles com manivela !!!!

Estava “bêbado” de sono, hora estava pedalando no meio da pista, hora quase saindo para fora do acostamento, foram necessárias várias “paradinhas”.

Cheguei em Palmeira, faltando 3h20min para o final da prova, faltavam aproximadamente 55km, optei em dormir 20min !!

O sono foi fundamental, pois ao sair novamente para a pista estava bem melhor, a chuva havia cessado, apenas uma grande umidade no ar.

Eram 6hs da manhã, o dia amanheceria por volta das 6:30, o pedal rendeu nos primeiros 10km – BR277 – e até o alto do Rio Iguaçu após Porto Amazonas, depois um “ventinho” contra veio premiar o último trecho da prova.

Verificava o horário a todo instante, os minutos voavam e eu me arrastava na pista !!!!

A vontade de fechar a prova dentro do horário passou a ser prioridade, não havia mais sono, cansaço, frio, que fossem maior do que ela.

Não conseguia imprimir velocidade acima de 20 22km p/h, onde está a Bacia Leiteira? cadê a Colônia Jones… não sei o que?, venha Polícia Rodoviária…..!!!!

Sabia que a chegada na Lapa era no km 33, bora lá, faltam 25 min, faltam 15, faltando 12 minutos chego na Lapa.

Indecisão, ir pela estrada que segue para Campo do Tenente ou descer a rodovia e seguir pela entrada principal, não lembro qual é a rota correta.

Decido ir pela Via que segue para Campo do Tenente, que ao meu ver seria a mais longa, ainda que por pouca diferença, mas via de regra é a escolhida pela organização.

Passo os trilhos de trem, tenho certeza que dará tempo, passo o semáforo, calçamento molhado, liso pra caramba, desço pela rua asfaltada, evitando perda de tempo e risco de queda.

Aponto na Souza Navez, lá estão Celinha – (mãe da Manu) e seu companheiro – que não recordo o nome – e o amigo Venâncio, chego faltando 5 minutos para o limite da prova.

Fim de prova, sensação de dever cumprido, satisfação pessoal indescritível, a organização é comunicada pela Celinha, o Grupo de amigos pelo Venâncio.

A rota é excelente, seja pela altimetria, seja pelas possibilidades de se ter apoio em caso de necessidade, existem inúmeros postos com restaurantes, hotéis por toda via, maior parte da prova é feita em rodovia pedagiada – cerca de 90%, e os trechos que não, são segmentos curtos, 30 ou 40km cada.

É isso aí pessoal, estou à disposição para maiores detalhes que julguem necessário saber;

Excelente prova a todos!!!!

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