Olá Randonneurs!!
No domingo dia 03/12/2017 realizei o Brevet 200km de organizador em companhia dos experientes ranndoneurs Moises Retka e Luiz Gustavo Padilha.
Eu falei que não iria fazer essas provas este ano até comprar uma outra bike que me desse mais condições e agilidade na estrada, mas fui eu lá com minha montain bike, aro 26, pneu parrudos 2.0 de cravo com bagageiro e meus badulaques todos.
Meu último pedal longo tinha sido em fevereiro. Longo para mim, claro, uns 115 km. Em outubro retornei àquele pedal tradicional do domingo pela canaleta de 25km, em seguida fiz ida e volta Curitiba-Lapa (em dias diferentes…hahaha), uma descida pela Graciosa, um almoço em Palmeiras (ida e volta), e uma visitinha ao amigo Aramis em Paranaguá (só ida) em novembro.
Procurei nestas últimas duas semanas antes do desafio caprichar na musculação para dar uma melhor sustentação e fortalecimento aos joelhos coitados que estavam reclamando.
Desta vez tentei não pecar na alimentação como aconteceu ano passado que cheguei mal em Palmeira e perdi tempo me recuperando então conclui a prova com uma hora após o encerramento. Por isso, para os iniciantes o conselho é: caprichem na alimentação. Carreguei comigo barrinhas de cereal (que eu mesma fiz e são bem melhores que aquelas compradas) e um suplemento (R4:1). Fora o que comi nos PCs e PAs e aquela frutinha que chegou na hora certa na beira da estrada e o Moisés parece que leu meus pensamentos e já estava na banquinha na sombra com o Padilha recuperando as energias. Tava um calor do c****.
A primeira perna da Lapa até Palmeira é uma estrada que gosto muito, é muito bonita, o acostamento apesar de estreito acho muito bom, limpo, e não é tão movimentada. Tivemos a sorte de largar as 5 da manhã acompanhados da lua cheia mais iluminada do mundo. Passaram por nós uns 4 veículos ao todo neste trecho, então dava para seguir pela pista quase o tempo todo. Quando estamos chegando em Porto Amazonas tem um belo declive até chegarmos no Rio Iguaçu e para sair de lá não poderia ser outra coisa que um longo aclive. Aí quando você vê aquelas placas 5..4…3…2…1 quer dizer que a felicidade está chegando (eu fui realmente pronunciando as placas).
De tempos em tempos as luzinhas das bikes do Moisés e Padilha se sumiam na estrada e também de tempos em tempos encontrava o Moisés dando um tempinho e me esperando, e sempre me perguntando: comeu??
Ao chegar no primeiro PC, pelas 7:45 da matina, em Palmeira, tomei um café com um misto quente. O Chagas estava lá com a kombosa pronto para reabastecer nossas caramanholas e tirar o peso desnecessário para continuarmos o pedal e emprestar um cataflan gel para amenizar as dores.
A segunda perna de Palmeira para São Mateus do Sul é a mais longa, a mais triste, a mais pesada, a mais suja de pedregulhos no acostamento, principalmente nos primeiros 20 km (mais ou menos isso). Como estava com pneu largo até que isso era uma vantagem nessas horas, pois devido ao movimento de veículos nem sempre eu conseguia ir para a pista.
Eu calculei que o PA era no 90/91 km, mas nãoooo, foi a quase 100km. O posto nunca chegava e eu não queria parar antes, e fui me arrastando, pois, a dor na região da virilha, acho que no tal músculo pectíneo (vi no google), que já tinha começado antes de chegar em Palmeira se intensificava. Dá-lhe espirrar massageol, fiz isso várias vezes até o final do brevet. Uma paradinha rápida para se hidratar, reabastecer as caramanholas com água (tem de grátis no posto), ida ao banheiro, mais uma barrinha e seguimos.
Em São Mateus do Sul, chegamos em torno de 12:45, o PC é no restaurante Delícias da Praça 2. É fácil de encontrar, só seguir sempre em frente pela avenida principal da cidade até chegar na Igreja (Paróquia de São Mateus- lado esquerdo) e visualizar o Posto Shell no lado direito, o restaurante fica do lado esquerdo, bem em frente ao posto, antes de atravessar a ponte. Ali tem um buffet livre, com uma comida muito boa e estava rolando espeto corrido pois era domingo, mas fiquei só no macarrão e lasanha e um suco de uva. As 13:10 partimos!
O calor daqui para a frente judiou. Toda vez que parava jogava água no corpo todo para refrescar. Neste trecho de São Mateus do Sul até a Lapa tem araminhos de pneu de caminhão em todo o trajeto. Bons pneus farão a diferença nesta hora. Além do PA do Posto Potencial nos 180km você encontra na estrada alguns outros lugares para reabastecer caso precise. Tem também as bancas de frutas, lembro de uns 3 pontos. Na banca que encontrei o Moisés e o Padilha era mais ou menos nos 173/174 km de prova. No PA, lá estava o Chagas novamente com a kombosa nos esperando com um pastel tamanho família e refrigerante que eu não tomava há muitos anos.
Em muitos momentos, naqueles que tinha subida, as mais longas, então quase o tempo todo (hehe) pensava que não ia dar tempo de chegar no prazo, pois estava girando bem lentamente, aí vinha uma descida e mudava de opinião.
Conseguimos encerrar a prova lá pelas 17:40, sem nenhum pneu furado ou imprevisto grave(uhuuu).
O apoio do nosso presidente, do técnico Moisés me orientando, aqueles segundos que consegui estar à frente do Padilha no percurso, ter me alimentado melhor desta vez, quem sabe a chuva que não caiu, fizeram a diferença e fiquei muito feliz de ter concluído e brevetado mais um 200.
E para encerrar o dia seguimos para o quartel general do Randonneurs Lapa (casa da mãe) e a mãe providenciou um café para nós antes de partimos pra Curitiba de kombosa.
Desta vez minha mãe pode me acompanhar de longe em todo o trajeto através do Spot que levei comigo.
Boa sorte a todos que vão fazer a prova, e se eu consegui, vocês também conseguem!!
Manu Saboia
dezembro 5th, 2017 em 14:35
Parabéns Manu, mandou bem no pedal. Eu só acompanhei de longe para ver se estava tudo bem, o mérito de ter completado é todo seu.
dezembro 5th, 2017 em 14:54
Obrigada, Moisés!!