O dia da grande subida de Lipán!
Acordamos bem cedo como de costume e resolvi passar no posto de saúde novamente pois o pulso continuava bem inchado e fiquei com receio de ter complicações numa região que não tivesse suporte. No final das contas o posto estava fechado e acabei seguindo da mesma forma – qualquer coisa se passasse mal poderia pedir ajuda pra alguém na estrada, sei lá. O Aramis e o Nelson saíram um pouco antes e encontrei eles na estrada, antes de amanhecer.
Penei bastante na subida com o frio e chuva/garoa. Sentia os dedos ficando gelados, o corpo com frio, tremendo e o idiota aqui só com moletom. Perto do final da subida um cara de uma van parou e me deu uma capa de chuva rasgada que ajudou um pouco.
Chegando no topo, dois argentinos que estavam lá de carro passeando, viram o pobre menino franzino se ferrando e o acolheram pra dentro do carro por alguns minutos. Inclusive e até lhe presentearam com um moletom sequinho.
Comecei então a parte divertida: a descida!
Até as Salinas Grandes foi bem tranquilo. Saí um pouco da estrada quando vi umas casas, achando que teria algo pra comer por ali, mas estava tudo abandonado ou era de trabalhadores que não estavam ali no momento. A paisagem era algo muito diferente de tudo que já tinha visto.
O restaurante de sal abandonado era um local que tínhamos ouvido falar e a ideia era acampar por ali.
Cheguei um pouco antes dos dois e já perguntei pro pessoal que trabalhava na extração de sal se podíamos ficar. Permissão concedida, montei a barraca e pouco depois eles foram chegando. Foi até legal para os turistas que passeavam por ali pois a construção estava fechada e só puderam entrar porque pedimos pra acampar lá.