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Flèche Nacional 2016 – Equipe Carcará de Chinelo: Relato de João Paulo Jankowski Saboia

Postado em 01 abril 2016 por awulll

Não tenho pedalado muitos brevets, mas tava afim de fazer a Flèche esse ano. O Moisés foi montando uma equipe e me intrometi pra participar. Quando o nome escolhido pra equipe foi Carcará de Chinelo, aí é que não podia deixar de pedalar. A formação foi Moisés Retka, Fábio Meglin, Luiz Chagas, Syen e eu!

No Carnaval planejei uma pedalada até a Serra do Rio do Rastro, mas tive uma lesão e precisei voltar à fisioterapia. Como não faltava tanto tempo assim para a Páscoa, fui treinando pra não perder o ritmo, mas cheguei a uma semana da prova ainda com receio de que não não estivesse em condições de fazer todos os 400 km o percurso.

Na semana da Flèche ainda tive algumas dores nos países baixos, mas nada que prejudicasse durante a pedalada. O receio ainda estava no joelho. Saímos na sexta-feira, 10:00 da Praça Tiradentes, primeiro até o litoral paranaense para depois seguir até a BR-101, caminho direto até Florianópolis, nosso destino.

A descida da serra foi perigosa, pois tanto ali como no resto do brevet pegamos muita chuva/garoa, o que deixou o asfalto num sabão só! Paramos com cerca de 60 km no final da serra e depois para almoçar com 100 km. Meu joelho durante o pedal não doeu, mas quando paramos senti um incômodo. O Fábio, segundo ele próprio, tinha levado uma farmácia e me arranjou um remédio pra inflamação. Não sei se foi o remédio ou se o desconforto no almoço era só impressão minha, mas dali em diante não senti mais dores. Bom, pelo menos não perto do final.

Na travessia do ferry boat, em Guaratuba, o Moisés levou um tombo, mas nada grave. Nossa próxima parada depois do almoço foi com cerca de 180 km, lá na BR-101. À noite seguimos com trechos mais curtos, parando a cada 30 km ou 40 km. E o asfalto muito liso e perigoso. Em algumas paradas encontrávamos outras equipes.

Perto das 22:00, um susto com o Chagas. Simplesmente a câmara da frente explodiu, saltando pra fora do pneu e a câmara de trás também furou! Ao menos estava perto de um posto.

Apenas da chuva e do sono, foi uma pedalada bem agradável durante a madrugada. Comecei a sentir dores perto de Florianópolis. Paramos num posto para o último descanso e quando estávamos prontos para sair, notei meu pneu traseiro furado. Foi um pouco tenso nessa hora pois choveu muito forte antes de partirmos e, apesar de termos uma sobra, se a chuva continuasse forte e mais pneus furassem poderíamos ter problemas.

Chegamos na ponte e registramos a distância da vigésima segunda hora, como manda o regulamento. Nessa altura já tínhamos recuperado o tempo perdido com o meu furo, a chuva tinha passado e estávamos com muito tempo de sobra. E meu joelho daí pra frente doeu muito. Mesmo em subidas leves foi bem dolorido.

Às 10:00 de sábado, junto com outras equipes completamos a Flèche e enchemos a pança com o churrasco oferecido pela organização.

Foi um grande pedal na companhia de grandes companheiros de estrada! Todos cuidando uns dos outros o tempo todo! Moisés, como capitão foi perfeito, organizando bem nossas paradas. Valeu pela homenagem no nome da equipe, nunca vou esquecer! Chagas e Syen (agora pronto para receber a medalha de randonneur 5000), dois monstros do pedal, são ainda muito mais fortes do que aparentam. O Fábio, mesmo sem treinar parecia que estava na sua décima Flèche, muitas vezes puxando lá na frente. Foi uma honra pedalar com todos vocês!

 

Recebendo o certificado do Milton Della Giustina, na chegada. Créditos pro Adilson!

 

 

 

 

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