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Do Atlântico ao Pacífico – dia 7, de Clorinda-ARG até General Lucio Victorio Mansilla-ARG

Postado em 10 fevereiro 2015 por awulll

Acordamos com goteiras no quarto. Com certeza foi uma boa ter dormido no hotel.

Preparamos nossas coisas e saímos para a estrada, mas antes tirando algumas fotos da cidade.

Logo na saída de Clorinda, paramos num posto policial onde fomos revistados. Aí foi tudo bem, mas não teríamos tanta sorte na próxima vez.

Seguimos para a estrada já sabendo que teríamos muitas e muitas retas pelos próximos dias. O tempo estava bom, com uma garoa ocasional e uma nuvens bem legais no céu.

 

 

 

Formosa era a nossa parada pro almoço. Cheguei no trevo de entrada da cidade e esperei o Nelson e o Aramis. Achamos um restaurante e tivemos nosso primeiro almoço na Argentina: a primeira “milanesa com papas fritas”, de muitas que viriam. Eles sempre trazem alguns pães e tem algumas variações como a milanesa napolitana. Ah, e o refrigerante de pomelo, que gostei bastante no Paraguai, aqui achei ruim. Um gosto diferente, algo amargo, sei lá.

Saindo de Formosa, outro posto policial. Dessa vez fizeram algumas perguntas e eu segui conversando com o policial, mostrando mapas da nossa viagem e tal. O Nelson, por morar na fronteira, já era mais esperto e só mostrou a documentação e já saiu pedalando. Enquanto isso eu e o Aramis ficamos ali e um dos policiais pergunta: “Y los cacos?”. Estávamos sem capacetes e ele veio jogando uma conversa que era proibido e teria que nos multar.

A continuação da conversa foi dentro do posto policial. O cara foi falando e sacamos que ele queria propina. Fomos tentando enrolar e pelo menos conseguimos “negociar” de 100 pesos por cabeça pra uns 52 pesos, que era o que tínhamos em mão, se não me engano. Eu fui então até as bicicletas pra pegar o dinheiro e já fui estendendo a mão aos policiais com os pesos, mas eles falaram pra eu entrar no posto policial e aí sim entregar a propina (claro, pra ninguém ver). Devíamos ter é batido o pé e não ter dado nada, mas como não tínhamos passado por essa situação ainda e estávamos com pressa, acabamos cedendo.

Passado esse aborrecimento, encontramos o Nelson mais à frente, contamos a história toda e seguimos até General L. V. Mansilla, nosso destino naquele dia.

Chegando lá, passamos por um posto e aí sim o povoado. Parecia muito pequeno e achamos que poderia não ter mais postos pela frente. Como tinha algumas pessoas esperando ônibus do outro lado da rodovia, deixei a bicicleta e fui caminhando até lá perguntar se o posto que passamos era o único por ali. No momento em que me aproximava do pessoal não notei que tinha um barro bem úmido por ali e fiquei literalmente com o pé enterrado na lama. Depois de, com muita razão, rirem da minha cara, confirmaram que era assim aquele o único posto.

Voltamos então alguns metros, pedimos permissão pra acampar e, pra nossa sorte até contamos com um bom chuveiro pra tomar um banho.

Encerrado assim o sétimo dia da nossa viagem.

 

 

 

2 Comentários para este Post

  1. Moisés Marcus Retka Says:

    Porra, pagar propina para pedalar é nova pra mim… hehehehe.
    Massa as histórias de vocês, da para viajar legal nas palavras… hehe
    Um abraço
    Moisés

  2. awulll Says:

    Corrupção não tem limites, rs.
    Será que já tiraram grana de algum andarilho também?

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