Dia 13/11/2011 rolou o Brevet 200 Urbano, com mais de 156 inscritos.

Fui no dia 11 de avião até lá e, no aeroporto Santos Dumont, Pablo, Guilherme e Leandro foram me buscar. Até a casa do Leandro, em Freguesia, foram 40 km no pedal, passando pela orla e alguns outros lugares legais do Rio de Janeiro. O Pablo ainda pedalou mais um bom trecho na madrugada para encontrar o Rafael Dias, que chegaria na rodoviária, vindo de São Paulo.

No sábado comemos algo e fomos para a reunião técnica da prova, onde encontrei o Rodyer e vários outros conhecidos que estiveram no Paris-Brest-Paris 2011. De lá, voltamos para casa do Leandro para descansar e nos prepararmos para a prova de domingo. Havia alguma preocupação em virtude da ocupação da Rocinha, que ocorreria durante o Audax, mas a princípio a rota não sofreria alterações em virtude disso.

No dia 13 saímos cedo para chegar no local da largada. Pegamos uma longa subida antes da descida do Grajaú no caminho até a Tijuca. Vistoria feita e bora para a largada!

Os primeiros km’s foram guiados por um carro da organização. Muita bagunça, barulho e uma moto da PM auxiliando nos cruzamentos, antes dos organizadores liberarem os ciclistas. Depois começou a dispersão. Não conhecia o caminho, mas logo deu pra notar que muitos também não conheciam. Junto com o Rodyer, tentamos ficar perto dos ponteiros acreditando que eles soubessem a rota. Quando chegou a subida do Sumaré os grupos se dividiram ainda mais. Estávamos em 5 ou 6, entre eles Rodyer, Marcos, Ênio, Sergio, grupo que se manteve unido em boa parte da prova.

O PC 1 estava localizado antes do fim da subida e ali pudemos comer algumas frutas e repor a água. Tanto a subida quanto a descida naquela região era muito bonitas, com muitas árvores e curvas fechadas.

Antes do PC 2, uma parada para esperar o Marcos consertar o furo do pneu. Nesse ponto, o Sergio, achou que não daria mais porque nunca havia feito mais de 100 km, mas tentamos o encorajar para seguir com a gente. No PC 2 passamos rapidamente e seguimos para o PC 3, na região do autódromo. No caminho passamos pela entrada da Rocinha, onde vimos uma grande movimentação de policiais e jornalistas, mas tudo correu sem problemas. A partir do terceiro posto de controle nossas paradas foram um pouco mais longas e neste ponto o Pablo nos encontrou e seguiu conosco até o fim da prova.

No PC 4 a estrutura era melhor, com barras de cereais, entre outras coisas. Entre este posto de controle e o seguinte, a pista beirava a praia, num cenário muito agradável para pedalar. O PC 5, localizado na Prainha, tinha uma vista muito bela, principalmente nas duas descidas antes do posto de controle.

Retornamos então pelo mesmo caminho rumo ao sexto PC, localizado no mesmo local do quarto. Seguindo para o PC 7, ainda tínhamos a região do Joá, com uma boa subida pela frente, depois disso, só trechos planos. Neste PC, apenas os organizadores, sem nenhuma estrutura, o que se repetiu no oitavo e último posto de controle. Sergio sentiu câimbras durante o caminho e resolvemos seguir sem pressa no último trecho para que pudéssemos terminar todos juntos.

Por volta das 16:10, chegamos eu, Rodyer, Sergio, Ênio e Pablo. Ficamos um bom tempo na chegada, esperando o Rafa e conversando com o pessoal que ia terminando.

O tempo colaborou, com muitas nuvens e sem chuva, tornando a pedalada (que já era agradável, pelas belezas do Rio de Janeiro) ainda mais interessante. Em termos de altimetria, não achei mais complicado do que o Audax 200 na região dos Campos Gerais (Paraná) e muito menos do que o Audax Terra. Entretanto, se não é a prova mais difícil, provavelmente é a mais bela do Brasil. É bom ver o ciclismo amador de longa distância crescendo e com diferentes tipos de prova pelo país. Seja em estradas de terra, rodovias, ou até mesmo dentro de uma metrópole, elas estão acontecendo e tornando-se tradicionais.

Após a prova, eu Pablo e Rafael chegamos ensopados na casa do Leandro, devido à chuva que pegamos. Nada que um banho e uma boa noite de sonho não resolvam.

Pra fechar, uma pizzada na segunda-feira, com Leandro, Rafael, Guilherme e Pablo. Foi ótimo final de semana e temos muito a agradecer, principalmente ao Leandro, que nos hospedou e nos guiou até a largada e ao Pablo, que pedalou nada mais nada menos que 176 km entre idas e vindas para ir nos buscar no aeroporto e rodoviária. Valeu mesmo galera, assim que quiserem vir pra Curitiba é só dar um grito!

Vídeo (qualidade baixa, mas será atualizado em breve):

httpv://www.youtube.com/watch?v=6wPN9B08qPY

Fotos: