Mais um dia, e o cheiro de Salompas infestava o quarto, eram as dores da batalha, toma café e as 5 da manhã parte para mais uma etapa, que prometia ser a mais montanhosa. Entramos em uma floresta e lá foi se formando o grande pelotão que aos poucos iam se dispersando. Logo no começo nosso amigo japonês que estava no pelote tomava a frente quando surgia uma subida, o japonês é bom de subida, mas eu também rsrsrsrs.
Eu e o Hamilton marcamos uma dupla de Alemães que eu falei logo no começo deste relato, eles eram a cabeça do pelotão – sempre à frente e ainda levando os amigos deles na roda, cortando o vento e tudo mais. Decidimos que íamos fazer amizade com eles, quando surgiu a primeira grande montanha todo o pelotão ficou para trás sobrando apenas nós quatro. Então quando eles paravam, nós parávamos também. Assim começamos uma conversa, eu e o Hamilton falando pouco inglês, o Frank também, o único que falava bem era o Ben, e assim começamos a pedalar juntos todo o brevet e foi formando uma amizade, no mesmo dia almoçamos juntos, paramos para trocar pneus e tomar água, a troca de experiências foi muito legal, eles pedalavam muito forte, mas nós estávamos lá, este dia fizemos um grande laço de amizade, passando pelas belíssimas terras da Champanhe, chegando ao final da etapa fomos convidados a sentar na mesa junto com o grupo de 11 ciclistas alemães e 1 inglês, não entendia o que falavam, mas lá estávamos nós!
