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Pedal da Dona Holita – dia 8, de Mallnitz-AUT até Ljubljana-SLV

Postado em 10 agosto 2015 por awulll

Saindo de Mallnitz, peguei uma descida boa que me permitiu uma parada logo no início da manhã pra tomar café. Também merecido, pois só comi umas barrinhas de cereal antes de sair de iniciar o pedal.

Na estrada encontrei um senhor pedalando com um respirador preso a um tubo que ficava em seu alforge. Já vi muita coisa diferente em cima de uma bicicleta, mas isso nunca imaginei que veria. Consegui achar uma bicicletaria no caminho para arrumar o raio quebrado da roda traseira e uma farmácia pra comprar BCAA.

Até a hora do almoço paisagens legais, mas não tanto quanto nos dois dias anteriores. Em Villach, esperei a chuva passar e comi bem. Foi uma decisão acertada, pois na divisa entre Áustria e Eslovênia enfrentaria uma subida extremamente pesada, acho que a mais pesada que já subi. A placa dizia 18% de inclinação, mas deve ter sido mais em alguns trechos. Encontrei um casal de canadenses que também iam pra Eslovênia, finalizando um tour pelo Alpes iniciado também naquele país.

Após a grande subida, uma grande descida no outro lado. Na Eslovênia encontrei um povo alegre e bastante disposto a ajudar. Pedalei pela ciclovia inicialmente, depois numa estrada secundária e por fim em estradas menores passando por alguns vilarejos. Mesmo nas regiões mais afastadas, sempre que eu pedia informação o morador sabia falar inglês. Como eu ainda não tinha os mapas da Eslovênia no GPS, tive alguma dificuldade para encontrar o caminho, mas nada muito difícil, pois como seguia até a capital havia muitas estradas secundárias.

Com estradas boas e sem grandes subidas, não foi complicado chegar em Ljubljana – claro que não sem mais um furo de pneu pelo caminho. Na capital procurei por alguns hostels, mas estavam lotados. Consegui uma conexão de internet e achei um hotel barato, mas quando fui pra região achei meio perigoso o local e acabei pegando um hotel mais central pra evitar problemas.

Ljubljana, diferente das demais capitais que passei na Europa, tem muitas semelhanças com grandes cidades brasileiras no que diz respeito a problemas comuns que vemos por aqui: pichações, construções em mal estado, mendigos pedindo dinheiro pelas ruas. Fui parado duas vezes e numa delas o cara falava esloveno, inglês e espanhol (isso se não falasse outras línguas também). Parecia mais que tinha caído no mundo das drogas do que encontrado dificuldades em arrumar emprego.

Distância: 194,00 km

Média: 22,34 km/h

Máxima: 58,35 km/h

 


 

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