Chuva pela manhã. Antes de sair a Sandra me arranjou uma sacola plástica, a qual usei para proteger da umidade meus documentos, câmera e algumas coisas que ficavam na bolsa de guidão. Seus dois filhos pequenos acordaram cedo também. A filha dela colocou o capacete e deu umas voltas com sua bicicleta antes de eu partir. Não entendo nada de alemão, mas a Sandra falou que a pequenina queria sair pedalando junto também. Uma futura cicloviajante? Quem sabe…
As primeiras horas foram sob chuva e precisei alterar alguns trechos para evitar ciclovias ruins. Parei no meio da manhã para um ótimo café numa pequena cidade. Atravessei a grande cidade de Saarbrücken antes do almoço. Na verdade nesse dia o almoço foi modesto, apenas um sanduíche, mas pelo menos um grande sanduíche! Foi na padaria do Stefan, numa cidadezinha na fronteira com a França. O Stefan já havia feito uma travessia dos Alpes de bicicleta há alguns anos atrás. Também ganhei dele um pão recheado muito gostoso antes de seguir viagem.
Muitas estradas bonitas na parte da tarde. Senti algumas dores na coxa esquerda que incomodaram bastante por alguns km. Pior que isso foi uma queimação muito forte no ombro, que começou nesse dia e me seguiria até o final da viagem.
Quanto à rota, uma novidade bem interessante: teria uma passagem dentro de um cemitério! Muitos cemitérios na Europa se assemelham a um grande jardim e esse não era diferente. Assim, essa passagem se pareceu mais com um passeio em um jardim do que com um passeio num cemitério. Algumas rodovias estavam bem movimentadas e a sensação de perigo era a mesma de se pedalar em algumas das estradas brasileiras onde não há acostamento e os veículos passam em alta velocidade a centímetros de distância. Pra mim é um pouco estranho isso. Em rodovias de uso proibido para bicicletas, a velocidade máxima era de 110 km/h e há acostamento, enquanto que em rodovias onde é permitido o uso da bicicleta não há acostamento e a máxima era de 70 km/h. Particularmente me sinto mais seguro pedalando no acostamento do que na mesma faixa dos veículos. Mas enfim, se eles fazem desta forma e o trânsito deles não é carnificina que temos aqui…
Da metade da tarde até o final do dia, várias ciclovias atravessando bosques, florestas e regiões muito bonitas. Passei por algumas cidades com plantações de parreiras. Inclusive nas casas e nas ruas!
Cheguei em Karlshure quase ao anoitecer. Demorei um pouco para encontrar o Julio, mas acabei achando. Foram mais de 200 km neste belo dia de viagem.
Distância: 211,73 km
Média: 21,19 km/h
Máxima: 59,3 km/h
agosto 4th, 2015 em 14:32
Muito massa os vídeos. Deve ter sido uma baita experiência. Estes vídeos e fotos você fez com o celular ou com alguma máquina específica? Parabéns.
agosto 4th, 2015 em 18:47
Com uma câmera samsung bem vagabundinha. Tão podre que até celular fica melhor, rs.