O décimo terceiro dia da nossa viagem seria o menos pesado até então. Para chegarmos bem na Cordilheira dos Andes, iríamos pedalar menos nos dois dias que faltavam até Purmamarca.
Saímos mais tarde do que costumávamos e pedalamos os cerca de 70 km entre General Güemes até San Salvador de Jujuy. Na verdade, o plano inicial seria pedalar até Yala, mas como lá parecia ser uma vila com poucos recursos, decidimos fazer nossa parada em Jujuy por ser uma cidade maior e com mais recursos.
O trajeto foi bem tranquilo, com muitos trechos planos. Passamos por uma ponte um tanto comprida, mas sem rio por baixo, provavelmente um curso d’água que é abastecido por água de degelo.
Quase chegando ao nosso destino, um inseto amarelo picou meu braço direito. Nem liguei muito porque não senti nada diferente, pelo menos naquele momento.
Chegando em Jujuy, achamos um restaurante para almoçarmos (por módicos 5 pesos). Passamos a tarde na cidade, mas sem fazer nada de especial.
Aproveitamos para passar numa lan house e comprei uns pães e bolachas. O Aramis conseguiu passar numa bicicletaria e arrumar alguns raios da sua bike.
Mais pro final da tarde, procuramos um posto na rodovia para passarmos a noite. Como sempre, explicamos sobre a viagem e “negociamos” para armar nossas barracas nos arredores. Numa das paredes do posto tinha um painel com distâncias e altitudes de várias cidades as quais passaríamos em nossa rota até Antofagasta.
Durante o jantar, o Aramis ligou para sua mãe numa cabine telefônica que ficava dentro do estabelecimento e acabaram nem cobrando pela ligação. Mais tarde foram chamar a gente na barraca, perguntando sobre uma ligação que alguém teria feito. O fone ficou fora do gancho, ou algo assim e o valor total deu 35 pesos. O Aramis tentou explicar que não tinha falado por tanto tempo, aí no final das contas acabou pagando apenas metade do valor ou algo assim.