Saímos cedo de Tapira, rumo a Loanda. onde iríamos almoçar.
Mais ou menos no meio do caminho paramos num posto pra comer algo.
Estávamos conversando com dois caras lá e um deles duvidava que estávamos percorrendo todo aquele trajeto de bicicleta. Aí ele viu as fotos, perguntou alguns detalhes do caminho de Tapira até ali e se convenceu. Não fiquei surpreso por ele ter duvidado, mas por ter sido o primeiro que duvidou. Apesar de não estarmos fazendo nada absurdo em termos de distâncias diárias, não é tão comum vermos pessoas viajando por aí e, principalmente em cidades pequenas, não faltam pessoas querendo impressionar fingindo ter feito isso ou aquilo.
Em Loanda, fomos perguntando pra algumas pessoas sobre algum restaurante, de preferência um buffet livre. Uma dessas pessoas foi uma senhora que explicou estarmos perto de um restaurante muito bom ali perto.
Já tínhamos conseguido a informação, agradecemos e iríamos comer, mas a senhora continuou falando sem parar: “Meu filho, eu vim lá da Bahia, com filho pra criar e blá blá blá”. Ela não pediu nada, só ficou falando sem parar. O Aramis, que estava mais perto dela, quase sem conseguir segurar o riso, começou a fingir que estava tossindo pra disfarçar. Eu abaixei a cabeça, depois olhei pro lado, tentando ver se ela notava que estávamos com fome e queríamos ir pro restaurante. No final das contas demos um jeito de cortar a conversa e seguir pro almoço.
A saída de Loanda foi um pouco ruim por causa da pista com buracos. Durante a tarde pegamos vento contra, mas deu tudo certo até chegarmos em Terra Rica.
Na cidade de destino deste dia, encontramos um posto para passar a noite. Já cansados, fomos perguntar a um funcionário do posto por algum lugar pra comer algo antes de dormir, mas que não fosse longe. Ele só deu uma risada: “bom, mas o que é que é longe pra vocês?”.
Depois da janta, cama! Ou melhor, barraca!
Dia 11 concluído!