Décimo dia!
Dia da chegada!
Assim com os dois dias anteriores, as pernas doíam muito após cada parada. Provavelmente sofreria menos com treinamentos mais pesados, alimentação melhor e melhores equipamentos, mas quanto maior o sofrimento, maior a satisfação após terminar!
O último dia foi bem mais tranquilo que o anterior, pois o vento não atrapalhou. 152 km! Pra fechar quase 1400 km na viagem.
Cheguei na cidade não muito depois do almoço. Comi algo, visitei o Arroio Chuí, passei pelo farol e fui para o lado uruguaio. Na verdade ali é bem simples, pois de um lado de uma das ruas você está no Brasil e em outro está no Uruguai.
Na rodoviária falaram que eu tinha que ter uma nota fiscal para embarcar com a bicicleta de volta. Comprei uma numa papelaria que me indicaram e ficou resolvido assim. Também teria que desmontar a bike e empacotar e até fiz isso com uns papelões que consegui por ali, mas na real acho que nem precisava. Não tinha muito tempo livre, então precisei voltar na noite em que cheguei. Foi um ônibus até Porto Alegre e outro de lá até Curitiba.
De resto atropelei um cachorro na rua (nem vi o coitado, mas não machucou quase nada) e comi meio metro de pizza quadrada numa pizzaria no Uruguai.
Ao chegar, muita gente como sempre perguntando da viagem, querendo saber de detalhes e tudo mais. Aquela sensação de ter feito algo grande, algo diferente. Botar o corpo à prova, ver até onde aguenta, conhecer lugares diferentes, ver gente diferente… Viver de um jeito diferente, mesmo que por pouco tempo. Mas quem já fez cicloviagens longas sabe que 10 dias vividos assim valem por muito mais do que 10 dias vividos de outra forma.
Um viagem pequena comparada à outras que viriam, mas a primeira é sempre a primeira!