Nome?
Beatriz Folly.

Natural de?
Rio de Janeiro.

Qual e como foi seu primeiro BRM pedalado?
Audax 200km Rio das Ostras em 2012. Fui com um grupo de amigos fixeiros, foi super divertido.

Qual e como foi o BRM mais marcante para você?
O primeiro, por estar com um grupo de amigos fixeiros, algo que nunca se repetiu e o 400 de Boituva em 2015, porque São Paulo tem um clube maior, a prova toda foi bem organizada e contou com muito mais participantes do que estou habituada a ver.

Qual(is) PBP participou?
Por enquanto, somente o de 2015.

Como foi(ram) sua(s) participação(ões)?
Sou muito grata por ter tido a oportunidade de participar de uma prova com tanta tradição. As estradas são absolutamente maravilhosas, uma experiência que jamais será esquecida. Foi pessoalmente uma prova muito dura por conta de estar pedalando com um selim inadequado, todavia acredito que as dificuldades enobrecem o mérito de completar a prova.

O que significa o PBP para você?
Definitivamente um ato de superação. Mas além disso me entristeceu o fato de ser uma prova tão excludente considerando a baixíssima quantidade de mulheres e pessoas negras na prova, algo que deveria chamar a atenção da organização para tomar medidas de modo a tornar o evento mais inclusivo. À parte da exclusão, nota-se um sentimento enorme de acolhimento das pessoas ao redor da prova, que nada tem a ver com a produção, mas fazem questão de dirigir palavras de encorajamento e muitas vezes até dar alimentos e bebidas aos ciclistas da prova. É tudo muito bonito.

O que você listaria como erros e acertos de sua(s) participação(ões)?

• Coloquei um par de pneus novos, Michelin Pro 4 Endurance que não furaram uma vez sequer em toda a prova. Não levei nenhum pneu extra e nem precisei.
• Não precisei, mas considero como um acerto ter trazido uma bomba leve, com manômetro e fácil de encher, pois tinha tubo e uma articulação para transformar em bomba de pé.
• Como o clima foi ameno com poucos trechos frios e quase nenhuma chuva, levar 2 manguitos, pernitos, um cortavento e uma muda de top/jersey/bermuda foi bem suficiente.
• Solicitei, em todos os PCs, uma caixa de papelão vazio (sempre havia uma nas cozinhas, onde vinham frutas, bebidas ou outros) que eu cortava para colocar debaixo da jersey e sofrer menos com o frio. Quando chegava no PC seguinte eu trocava ou se não houvesse mais necessidade tirava, porque normalmente o papelão já estava suado.

Que dicas daria a randonneurs que farão seu primeiro PBP?

• Evitar fazer refeições nos primeiros PCs, preferindo restaurantes ou outros estabelecimentos gastronômicos a poucos kms antes do PC. Haverá filas muito grandes que podem comprometer o tempo da pedalada.
• Fazer um brevet de 1000 antes, não por uma questão de preparo físico e sim para avaliar o que o seu equipamento aguenta (número de pilhas e luzes a serem levados por exemplo) e porque vai dar ao atleta um preparo psicológico, uma confiança maior do que ele é capaz de pedalar.
• Evitar levar excesso de suplementação/alimentos. Durante a prova eles são vendidos em abundância.
• Pedalar em condições climáticas diversas: se faz muito calor/sol na sua cidade, pedale em algum lugar onde faça muito frio e chova bastante e vice-versa.
• Colocar sempre um jornal ou papelão por debaixo da roupa quando está muito frio.
• Evitar tomar mais café que o necessário. Vai causar azia e esvaziar os nutrientes do seu corpo. Esse limite é muito pessoal e é passível de ser testado avaliado fazendo treinos ou brevets longos. Prestar atenção no que o seu corpo pede e precisa é muito importante.