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Flèche Velocio – Porto Alegre (06/04/2012)

Postado em 10 abril 2012 por Rodyer Cruz

Pense pedalar 385km com 4 pessoas que você nunca pedalou junto, em um rota de estradas que você irá passar pela primeira vez… está é a Flèche Velocio 2012 de Porto Alegre.

Foi assim que na quinta-feira saí de Curitiba rumo a Tubarão e logo a noite pedalei rumo a Braço do Norte para a nova aventura. Lá avistei os dois primeiros integrantes da equipe Fleche Crazy Way ( iríamos para Porto Alegre pela Free Way) – Rafael Dias foi o que me convidou para a equipe, ciclista paulista de muitas histórias e aventuras e um grande mulambiker, pedala demais. Daniel Gualberto outro ciclista paulista, mais “velho” da equipe com uma cara de piá que parece o mais novo da equipe. Fomos até o Posto Leão do Trevo onde seria a largada, lá jantamos e aguardamos os dois catarinenses para fechar a equipe rumo a Porto Alegre. Logo Maico Birolo e Ciro chegaram, ciclistas catarinenses de grande experiência em brevets e também na organização deles. Estava formada a Equipe Fleche Crazy Way. A equipe envolvia 4 estados do Brasil, talvez a equipe mais diversificada de toda a Fleche 2012, pois haviam dois ciclistas paulistas, eu do Paraná, dois ciclistas catarinenses, indo a Porto Alegre onde a Ninki da Sociedade Audax nos aguardava.

À meia noite e um do dia 06/04 partimos rumo a Porto Alegre.

Em um primeiro trecho passamos por cidades como São Ludgero, Urussanga, e demos um paradinha em Criciúma, era o trecho de muitas subidas e descidas, Maico e Ciro que conheciam o trecho disseram que depois de Criciúma até Porto Alegre tudo seria plano. No segundo trecho encaramos de Criciúma até Sombrio.

Logo depois estávamos na 101 – paramos a segunda vez para tomar um cafezinho e partimos rumo a Estrada do Mar.

Quando você houve que vai pedalar no plano você acha isso ótimo, o que você não entende é que sempre estará girando e nunca vai parar, outro detalhe é o vento, se você pegar vento contra o esforço será imenso.

E claro não poderia deixar de ser assim – logo que entramos na Estrada do Mar pegamos vento contra… andamos toda sua extensão com o vento Contra. Foi assim que encontramos nosso espírito de equipe. Não adiantaria andarmos separados um do outro… teríamos que encontrar uma velocidade compatível com os 5 ciclistas e andarmos juntos, um pegando o vácuo do outro para enfrentar o desafio. E foi assim… que vencemos a Estrada do Mar… em equipe. Paramos no KM1 para descansar e encarar a Free Way.

Estava tudo certo, nada aconteceu, nenhum problema, nenhuma falha… mas falei para todo mundo não dizer isto… e deu no que deu rsrsrs. Logo na saída para a Free Way o Rafael Dias, eu e o Daniel erramos o caminho, ainda bem que meu celular estava ligado na hora, só que o Rafael avançou uns 5 km, mais 5 km para voltar nesta brincadeira perdemos meia hora. Na Free Way furou duas vezes o meu pneu, mais meia hora perdida.

Enfim apesar dos contratempos conseguimos chegar em Porto Alegre dentro das 24 horas. Na cidade a Ninki estava esperando nossa chegada, fomos muito bem recepcionados por ela com um baita churrasco Tche!!!

Trabalhar em equipe na fleche foi o que eu mais aprendi, não sei o que eu dei de contribuição para os outros até Porto Alegre, mas sei o que os outros me ensinaram nestas 24 horas até a capital Gaúcha.

Outro desafio foi o sono – fazia tempo que não passava mais de 24 horas acordado pedalando. Vejam as fotos para se ter uma ideia hahahaha.

11 Comentários para este Post

  1. Marcooo Says:

    Ahh ! O Rafael não foi de MTB ??? Ahh, assim não vale ! ahsuahs

    Parabéns pessoal !

    Curti o relato e fotos Rodyer !

    Na próxima, já uniformizados hein !

    Abração !

  2. awulll Says:

    Opa… se tudo der certo, no 1000 km!

  3. Rodyer Cruz Says:

    Nada lançar a camisas no Audax Floripa!!!

  4. Aramis Says:

    Curti a foto mulambiber em que vc está “dormindo” no acostamento.

    Show de pedal

  5. awulll Says:

    Isso que você não viu uma do Rafael, acho que tava no álbum do Maico ou do Ciro, hehe…

  6. Alessandro + Says:

    Meus amigos “A Lenda” Rafael, piá Daniel e demais colegas randonnéers: Parabéns! Fico feliz em saber que conquistaram mais este desafio e invejoso por não estar junto com vocês…rs. Quem sabe na próxima??!! abraços

  7. Maico Bez Birolo Says:

    Daí Agregado!! Cara, nós de Uru estávamos com a mesma apreensão que você no início. Será que um pessoal que praticamente nunca pedalou junto funcionaria como equipe?! A prova de fogo veio com a derrocada do capitão na Estrada do Mar. Acabou dando tudo certo. Nossa equipe “multiestadual” começou a mostrar sinais de integração antes mesmo da largada, quando começaram a chegar as primeiras “aleijadas” no Posto Leão do Trevo. Ali já fomos todos tomados pelo “espírito audax”. Depois, a integração se intensificou com o culto as garrafas de dois litros de coca. Mas só esteve completa com a aprovação unânime do hino motivacional “tcha – tchim – créw”.

    Cara, sei que ficaste emocionado com a tese defendida pelo Ciro, do “gaúcho-paranaense”, durante o percurso. Realmente foi um grande aprendizado nas 24h da prova… :)

    Galera de Urussanga gostaria de dizer que foi uma hemorragia de contentamento pedalar contigo e nos vemos em outros brevets. Abração!!

    Ps.: se saírem os brevets “Proibidões do Paraná” esse ano nos convide que seremos voluntários no 400 e rachamos o combustível da viatura da PRF que porventura nos recolha (enjaule) na estrada…

  8. Rodyer Cruz Says:

    Salve Grande Maico…. a equipe foi perfeita muito legal!!!! Com certeza foi um grande aprendizado…. Confesso que fiquei emocionado com a comparação… espirito guerreiro isto nós temos hehehehe… e o convite já está feito desde já!!!

  9. awulll Says:

    E aí Maico!
    Cara, se rolar os proibidões, o 400 e o 600 prometem hein…
    Rotas pra fazer chorar, hehe.
    Sinta-se convidado!
    Abraço!

  10. França Says:

    Muito massa!
    Mulambice total aquela soneca no acostamento! e a do gramado devia estar um cheiro que nem as pulgas devem ter pegado carona! :-)
    Que venha o proibidão então.
    Parabéns e quem sabe quando vamos ter um Felche nessas paragens??? 2013???
    O paranasitos não sabem pedalar no planos mesmo! tô tão acostumado a subida e descida que quando pego um chato dá até sono e que canceira!

  11. Rafael Dias Says:

    opa!

    Para mim foi uma verdadeira aula de ciclismo. Principalmente naquelas horas que eu estava “quebrando”. =D

    Parabéns à todos…

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