Era natal e lá íamos nós pedalar no Paraguai.
O Nelson se despediu da família e nos guiou até Ciudad del Este. Como era feriado, estava tudo parado, tudo vazio.
Passando a ponte da amizade deu pra notar a diferença entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este. Geralmente em regiões de fronteiras, as cidades vizinhas costumam ter pelo menos uma estrutura semelhante, mas não era o caso. A cidade paraguaia era mais suja e desorganizada do que a brasileira. E, conforme fomos avançando pelo país, deu pra sentir que o Paraguai ainda estava um pouco atrás do Brasil em termos de estrutura.
No meio da manhã paramos num posto à beira da rodovia para comer algo. O segurança tinha uma arma pesada, o que deu a entender que o pessoal dali era barra pesada também. Até pelo o que a maioria das pessoas que eu conhecia falava o Paraguai, fazia sentido.
E no acostamento muitas, mas muuuuuitas lombadas durante todo o pedal.
Paramos para almoçar em Juan Emilio O’ Leary, onde conseguimos achar um frango com mandioca.
Após o almoço tive um furo. Quando parei pra consertar estava perto de uns policiais e eles falaram de um hotel em Caaguazú onde poderíamos passar a noite. Era uma boa ideia, uma vez que o câmbio era bastante favorável e assim descansaríamos melhor gastando pouco.
Perto de Caaguazú eu e o Aramis encontramos dois garotos paraguaios pedalando por ali e fomos conversando por um trecho. O Nelson estava um pouco atrás, mas não demorou para nos encontrarmos no nosso destino daquele dia.
No geral foi um pedal tranquilo, com um relevo digamos, bastante amistoso.
Jantamos perto do hotel e formos descansar pra continuarmos no dia seguinte.